. br4in damage .

>> feist - secret heart

já tava há bastante tempo sem postar...a preguiça ou o excesso de coisas para fazer acabam desviando minhas atenções.
os dias que precederam o natal foram conturbados e confusos. nem eu sei direito o que se passou nesse último final de semana. sei que foram coisas inacreditáveis, e que qualquer tentativa de explicá-las soaria ridícula. coisas que colocaram em questão alguns conceitos meus já estabelecidos há tempos, e que eu chego até a me envergonhar de deixar passar tais idéias pela minha cabeça. é tão confuso que nem sei em quê acreditar e, se eu acredito, sinto que perco um pouco da autonomia sobre minha própria vida, e tudo o que estou vivendo passaria a ser algo fora do meu controle, e mais uma responsabilidade a carregar. foi como estar num livro da clarice e, num belo dia, algo cotidiano te afeta de uma forma que você entra numa profunda crise existencial [epifania]. é, foi exatamente essa a sensação. talvez seja mais fácil não acreditar, como sempre fiz.
acho que sou o contrário da maioria das pessoas. a maioria delas acredita em algo para tornar a vida mais fácil [seja esse algo deus, ou forças maiores ou predestinação, ou similares], e se livrar do peso que é ter o poder sobre a própria existência. para mim, é tão mais fácil não acreditar em nada disso, e convencer-me de que tudo não passa de crenças obsoletas; porque é difícil para minha cabeça tão cética acreditar que fui colocada no mundo para cumprir um destino pré-traçado. só de pensar que essa idéia movimenta meus pensamentos ultimamente me faz sentir absurdamente ridícula. talvez fosse a situação em que eu me encontrava, talvez seja exagero da minha imaginação...mas mesmo assim foi estranho.

o natal foi maravilhoso com a tete e a cassia, e depois de eu e a tete nos matarmos para fazer o tal do peru, tivemos o orgulho de ver que deram certo nossas experiências culinárias. agora, o melhor ano novo da minha vida me espera, com uma companhia melhor do que eu jamais poderia imaginar, nem nos sonhos mais otimistas. oh, l'amour!


>> feist - mushaboom